A mais radical das aventureiras

Durante vários anos Elisabete Jacinto desafiou o universo masculino, competindo em moto nas mais difíceis competições de todo-o-terreno, disputadas em diversos continentes. Todavia, para esta professora de Geografia que apenas aos 24 anos de idade aprendeu a pilotar uma máquina de duas rodas e apenas com o intuito de dela se servir para o dia-a-dia, o maior desafio foi sempre consigo própria, acreditando que a vontade e tenacidade superam todas as barreiras.

E foi sob esse lema que, passando por cima de todas as dificuldades, não só se atreveu a ser a primeira portuguesa a enfrentar o mítico Paris-Dakar em moto, acrescentando-lhe a proeza de concluir a prova mas, mais do que isso, conseguindo triunfar entre as Senhoras, contra adversárias detentoras de um enorme palmarés e integradas em equipas profissionais.

Às motos, sucederam-se os carros e o retomar das vitórias internacionais entre as Senhoras.

Mas os grandes desafios continuam a encontrar eco na tenacidade internacionalmente reconhecida de Elisabete Jacinto e, três meses depois de ter obtido a carta de condução de pesados, apresentou-se à partida, para a edição das bodas de prata do Dakar (2003), instalada aos comandos de um camião, um tipo de máquina que encontra na prova africana uma magnífico espaço para competição, mas da qual as mulheres se mantiveram afastadas durante largos anos.

É em 2004 que Elisabete não só se torna numa das primeiras mulheres do Mundo a concluir o rali Paris-Dakar conduzindo um camião, como se transforma na primeira mulher a ganhar uma especial nesta categoria no Rallye Optic Tunisie 2000.

Desde então tem levado a cabo um trabalho contínuo tendo feito progressos ao nível da condução, preparação técnica do seu camião e organização de equipa do qual muito se orgulha. Cerca de 40% da preparação técnica do seu camião é, actualmente, feita em Portugal.

Apesar da sua experiência na competição ter sido também marcada por alguns momentos particularmente difíceis, Elisabete não baixa os braços e ruma em direcção ao topo da classificação geral das mais variadas competições onde participa.

Elisabete Jacinto forçada a abandonar o Africa Race 2017

Elisabete Jacinto terminou hoje a sua participação no Rali Africa Eco Race 2017 devido a um problema mecânico que surgiu no motor do MAN TGS que foi impossível de solucionar e impediu os portugueses de continuar na prova.

A equipa Bio-Ritmo® tinha cumprido cerca de 70 quilómetros da especial de hoje, a qual era composta por 370 quilómetros cronometrados, quando um princípio de incêndio ocorreu na zona no motor do MAN TGS de competição. Elisabete Jacinto parou antes de entrar nas dunas do Erg Chebbi para apagar as chamas e verificar os danos sofridos.

Os portugueses rapidamente extinguiram o fogo e logo perceberam que seria impossível continuar em prova: “já tínhamos feito cerca de 70 quilómetros de percurso e estávamos no oued que dá acesso ao Erg Chebbi quando a certa altura o Zé se começou a queixar de um cheiro a queimado dentro da cabine. O Marco percebeu que de facto havia qualquer coisa que ardia. Nesse momento, parámos e desligámos o motor. Quando saímos percebemos que havia chamas sobre o motor que estava a derramar óleo. Pegámos nos extintores, apagámos o incêndio e constatamos que tínhamos um problema grave no motor. Chamamos a assistência que veio ter connosco para nos ajudar a resolver o problema. Ainda tínhamos esperança de poder continuar em prova mas passado algum tempo percebemos que de facto a avaria era grande e que não poderíamos continuar. Foi de facto uma grande desilusão para todos nós”, contou Elisabete Jacinto.

Jorge Gil, gestor da formação Bio-Ritmo®, considerou que a destreza e experiência da equipa foram essenciais para minimizar os estragos: “o que aconteceu no decorrer da etapa de hoje foi de facto preocupante. Felizmente todos os elementos estavam preparados e conseguiram rapidamente apagar o fogo que deflagrou. Foi o bom senso e eficácia nomeadamente do mecânico Marco Cochinho que permitiu que os danos no nosso MAN TGS não fossem maiores” referiu.

Os portugueses já estão de regresso a Portugal e vão, rapidamente, dar inicio à recuperação do camião para começarem a preparar a próxima prova do calendário desportivo de 2017. O Morocco Desert Chalenge, que se disputa entre 16 e 23 de Abril, será a próxima grande aventura da formação portuguesa.

Elisabete no Africa Eco Race 2017 – 1ª etapa

Elisabete Jacinto no Africa Eco Race 2017 - 1ª etapa YouTube play

Elisabete Jacinto em terceiro entre os camiões

Elisabete Jacinto terminou hoje a primeira etapa do Africa Race 2017 no terceiro lugar da categoria camião. A piloto portuguesa conseguiu ultrapassar com sucesso o curto sector seletivo de 86 quilómetros cronometrados, disputados e entre Ameziane e dar Mimoun, demorando 1h14m50s a cumprir o percurso. A equipa Bio-Ritmo® começou de forma muito positiva esta nona edição do Africa Eco Race e conta com uma curta diferença de 8m11s para o primeiro classificado da categoria T4 o russo da equipa Kamaz Andrey Karginov, que neste momento lidera entre os camiões e ocupa a quarta posição na tabela conjunta auto/camião.

A jornada não foi simples, uma vez que grande parte do traçado era composto por caminhos estreitos e sinuosos, e acabou por ser um primeiro dia bastante exigente “a especial de hoje foi curta, mas nem por isso foi fácil. O percurso era estreito, cheio de valas, buracos e muros. Este é um dia que serve para nos adaptarmos e sintonizarmos com a corrida e acabou por ser uma especial um pouco intimidante devido às surpresas constantes que fomos apanhando pelo caminho. Mas, de uma forma geral, correu tudo bem. Andamos algum tempo no pó do Tomecek, mas não tivemos nenhum problema a registar”, contou Elisabete Jacinto.

Cumpre-se amanhã a segunda etapa do Africa Race 2017. A especial será composta por 370 quilómetros cronometrados e vai contar com os primeiros cordões de dunas desta nona edição da grande maratona africana. A travessia do Erg Chebbi, apesar de comum, é sempre um grande desafio para os concorrentes. Depois de ultrapassadas as dunas o percurso segue por um troço rápido que logo dará lugar a uma típica pista marroquina com muita pedra e areia. Antes de atingirem o bivouac, que está localizado perto de Tangounite, os pilotos terão que enfrentar um último desafio: a travessia do Oued Draa.

Rali Africa Race parte hoje do Mónaco

Elisabete Jacinto e a equipa Bio-Ritmo® já estão a postos para iniciar a nona edição do Africa Eco Race. Foi junto ao Quai Antoine 1º, num ambiente de boa disposição, que se deu a partida oficial da prova no Principado do Mónaco. Esta contou com a presença da ex-modelo da Victoria’s Secret Adriana Karembeu que foi, pela primeira vez, a madrinha da prova.

A caravana chega ainda hoje a Sète, no sul de França, onde toda a equipa embarcará no ferry que lhes permitirá travessar o Mediterrâneo e chegar a Marrocos na madrugada do dia 2 de Janeiro. Serão duas as noites passadas no barco assim como o primeiro dia do ano. O trio português formado por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho terão assim oportunidade de passar um dia tranquilo recuperando forças para o duro rali que os espera: “Pela primeira vez desde há alguns anos vamos passar a meia-noite acordados. A festa não será muito grande mas, pelo menos, poderemos usufruir de um agradável convívio entre os vários participantes e fazer os votos de um bom resultado neste rali” comentou Elisabete Jacinto.

Esta será a oitava vez que Elisabete Jacinto participa nesta grande competição africana. O seu ano de estreia foi em 2010 e desde então tem sido uma presença assídua na prova. Aliás, Elisabete Jacinto é o único piloto português a ter no seu currículo oito presenças consecutivas no rali Africa Eco Race onde por cinco vezes alcançou um lugar de pódio.

No dia 2 de Janeiro de 2017 disputa-se a primeira especial deste Africa Eco Race. A etapa que vai ligar Nador a Domaine Moulay será composta por uma curta especial com 86 quilómetros. Neste dia, os concorrentes vão encontrar logo à partida todos os ingredientes mais comuns num rali de todo-o-terreno com a exceção das dunas. A especial termina em Dar Mimoun e os pilotos terão ainda que percorrer 473 quilómetros de ligação antes de chegarem ao acampamento que estará localizado perto de Errachidia.

Etapa prévia do rali Africa Race concluída

O Rali Africa Race cumpriu hoje, na cidade de Menton (nas proximidades do Mónaco), o seu segundo dia dedicado às verificações administrativas e técnicas. Trata-se de uma etapa prévia à realização do rali que consiste na verificação de toda a documentação dos concorrentes e veículos, assim como da conformidade dos veículos face ao regulamento da prova.

A equipa Bio-Ritmo® realizou os habituais controlos da prova com normalidade e prepara-se agora para a partida do rali. Esta será dada amanhã com grande animação a partir do Mónaco, contando com a presença da madrinha do rali, Adriane  Karembeu.

Para Elisabete Jacinto, que cumpre o seu oitavo Africa Eco Race, estes procedimentos já não são novidade, mas existe sempre alguma ansiedade nos dias que antecedem o arranque da prova: ”Este é o dia em que, finalmente, respiramos fundo e nos sentimos lançados na prova. Agora não há como voltar atrás. África e os grandes desafios estão à nossa espera e nós estamos prontos para dar o nosso máximo” revelou a piloto.

Em termos competitivos a organização do Africa Race continuará a seguir a filosofia que caracteriza esta prova desde a primeira edição. Assim, são desenhadas etapas com elevado nível de exigência em termos de condução e com uma grande variedade de terreno, são criados percursos diferentes em cada ano o que tornam a corrida sempre surpreendente e ligações curtas entre as etapas por forma a poupar os pilotos e respetivas assistências do desgaste físico. Aliás, para esta edição de 2017, foram preparadas duas etapas circulares na Mauritânia para permitir que as equipas de assistência possam descansar. Todas estas características permitem que o Africa Race se defina como uma das mais dura e desafiantes corridas de todo-o-terreno da actualidade envolvendo-a numa mística de aventura que leva os pilotos ao extremo das suas capacidades.

Elisabete Jacinto com o número 402 no Africa Race

Os camiões da equipa Bio-Ritmo® já estão de partida para o Africa Eco Race 2017. Ao contrário do que é habitual, os dois camiões da equipa serão transportados pela empresa Rodocargo até Marselha sendo daí conduzidos por Elisabete e Pedro Azevedo até ao Mónaco onde terá lugar a partida deste Rali.

Nesta edição do Africa Race, Elisabete Jacinto e a equipa Bio-Ritmo® partem com o número 402 e vão enfrentar nove adversários de peso. Esta já confirmada a participação de dois potentes Kamaz: um híbrido pilotado pelo russo Sergey Kuprianov, que já participa no Africa Race desde 2013, e outro conduzido por Andreiy Karginov, considerado um dos melhores pilotos da equipa russa e vencedor do Rali Dakar em 2014.

O Checo Tomas Tomecek, aos comandos do seu Tatra com o qual já venceu por três vezes esta corrida, será também um dos fortes candidatos à vitória nesta competição. Miklos Kovacs, piloto que venceu esta competição em 2010, participa com um novíssimo Scania. O checo Jaroslav Valtr, que conta com varias participações no Rali no Dakar e que no início de 2016 foi quarto em várias etapas do rali Sul-americano, completa o lote de adversários que a equipa portuguesa de camião irá defrontar.

A equipa Bio-Ritmo® juntam-se a toda a comitiva do rali no dia 29: “Os dias que antecedem a partida do rali são sempre muito cansativos e stressantes. Trabalhamos muito mas, por mais que nos tentemos organizar, há sempre surpresas desagradáveis à última hora  que nos deixam sempre um bocado ansiosos. Por essa razão corremos até ao momento de entregar os camiões na Rodocargo e agora podemos respirar fundo e descansar durante estes três dias que antecedem a nossa partida. Contudo, ainda temos de enfrentar o problema das greves no aeroporto”, contou a piloto.

Mais uma vez o Africa Race será bastante animado em termos competitivos contando com nomes como Pal Anders Ullevalseter, vencedor da edição de 2016 na categoria moto, Vladimir Vasilyev, Balazs Szalay e ainda Miroslav Zapletal vão competir na categoria auto.

Conferência do Africa Race reúne pilotos em Lisboa

A piloto de todo-o-terreno Elisabete Jacinto participou esta tarde na conferência de imprensa de apresentação dos pilotos portugueses que vão estar presentes no Africa Eco Race de 2017.

O evento teve lugar no Museu Nacional do Desporto em Lisboa e contou, para além da piloto de camião, com a presença de Sérgio Castro, que participa pela segunda vez na prova na categoria de moto e os estreantes Didier Frederico, Alexandre Azinhais e João Pós de Mina, que também participam de moto.

A nona edição do Africa Eco Race terá uma das maiores comitivas portuguesas de sempre. Ao todo serão cinco as equipas que vão representar as cores lusas neste rali. Nesta conferência de imprensa Elisabete Jacinto, a participante com mais edições do Africa Race cumpridas, revelou ser esta a melhor prova em que participa. Falou do rigor desportivo e do bom ambiente que se vive entre os vários participantes: “o Africa Race é uma experiência única e um desafio sem limites. Estou convencida de que os pilotos portugueses, tal como todos os outros, jamais esquecerão a sua travessia do deserto do Sara ”, acrescentou a piloto.

A equipa BIO-RITMO® será formada por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho. No MAN KAT da equipa de assistência BIO-RITMO® viajam o gestor de equipa Jorge Gil, o mecânico Helder Anjos e o piloto Pedro Azevedo.

A saída para o Africa Eco Race já está em contagem decrescente. A partida da Europa será feita uma vez mais do Mónaco e está agendada para o dia 31 de Dezembro. Após uma viagem de dois dias a comitiva desembarca em Marrocos onde no dia 2 de Janeiro de 2017 se disputa a primeira etapa desta grande maratona africana.

Africa Eco Race uma aventura para Elisabete Jacinto

A piloto de todo-o-terreno Elisabete Jacinto está a ultimar os detalhes para aquela que será a sua oitava participação no Africa Eco Race.
Esta é a prova mais importante do calendário desportivo da equipa Bio-Ritmo® e, como é habitual, os portugueses partem com o objectivo de conseguir uma posição de destaque entre os concorrentes da categoria camião ou seja, um lugar de pódio.

O Africa Race tem início marcado para o dia 30 de Dezembro no Mónaco, onde se vão realizar as habituais verificações técnicas e administrativas, e termina no dia 14 de Janeiro junto ao Lago Rosa, em Dacar no Senegal, onde se vai disputar a mítica etapa de consagração do rali.

Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho farão, com o seu MAN TGS, a primeira etapa da nona edição deste rali no dia 2 de Janeiro e, ao longo de 14 dias, disputarão 12 especiais percorrendo cerca de 6000 quilómetros entre Marrocos, Mauritânia e Senegal.

O Africa Race, para além de constituir a maior competição do calendário da equipa assume-se como uma verdadeira aventura por ser a mais desafiante tanto em termos desportivos como pessoais face às condições extremas que se vivem nesta prova.
Este rali tem uma componente de aventura muito grande.
Vamos percorrer cerca de seis mil quilómetros em 12 etapas e atravessar vários países culturalmente muito diferentes.
Teremos pela nossa frente uma grande variedade climática, desde o muito frio e chuva na Europa,ao calor e secura no deserto.
As paisagens são extremamente variadas e estamos sempre a ser confrontados com novas dificuldades a
o nível da condução.
O objectivo é conduzir rápido mas o cansaço instala-se mesmo antes da partida… e já não há como recuperar pois as condições de vida são duras!

Continuamos a acampar e a viver com o que levamos de casa.
Preparámo-nos bem mas, ao longo destes dias há sempre situações inesperadas para as quais temos de encontrar uma solução.

É um grande desafio… é muito mais do que uma simples corrida!

͟Para além da equipa Bio-Ritmo® participam neste rali mais quatro equipas portuguesas.