Historial 2004

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Participa pela segunda vez de camião no Rali Paris-Dakar ao volante de um Renault Kerax 4×4.

Ao terminar este rali (na 26ª posição) torna-se numa das primeiras mulheres do Mundo a conseguir fazê-lo.

O sucesso obtido incentiva-a a participar em outras provas da Taça do Mundo. Participa no Rallye Optic Tunisie e torna-se na primeira mulher do Mundo a ganhar uma especial ao volante de um camião.
É a segunda classificada na categoria de camiões neste rali.

Apesar do sucesso, Elisabete e Renault Trucks decidem interromper a época desportiva para proceder a melhorias mecânicas no seu camião, nomeadamente ao nível das suspensões e do motor.

A convite de Alberto Gonçalves participa pela segunda vez no Rallye Aicha dês Gazelles com Sofia Carvalhosa num Renault Kangoo.

O seu objectivo era vencer a categoria SUV mas, uma penalização atribuída indevidamente pela organização, obriga-a a classificar-se na segunda posição.

Alterações no MAN TGS em 2015

MAN TGS com amortecedores Reiger e uma nova cabine

Após o rali Africa Eco Race de 2015 a equipa procedeu a algumas alterações no MAN de competição.

Procedeu à instalação de uma nova cabine, com o arco de segurança consolidado com esta, o que obrigou a uma grande alteração no equipamento existente no interior da mesma. Neste sentido, o tablier original foi substituído por fibra de carbono desenhada pela própria equipa tendo por base as suas necessidades.

A coluna de direção original foi substituída por uma coluna de direção de competição o que permite uma maior precisão de condução por parte da piloto em pistas muito sinuosas. Esta coluna é complementada pela instalação de um amortecedor de direção para o qual foi concebida uma nova estrutura de suporte, uma vez que as anteriores tentativas não foram eficazes.

Equipou-se ainda o MAN TGS com novos amortecedores de chassi e de cabine tendo sido desenhada e construída uma nova estrutura para os amortecedores de cabine.

Para competir em camião não basta saber conduzir. Exige que seja a equipa a desenvolver todos os aspetos técnicos! Foi um grande desafio levar a cabo todas estas alterações e confesso que deram muitas dores de cabeça. Contudo, não deixa de ser gratificante perceber que o MAN tem um cunho cada vez mais pessoal e que o conseguimos tornar mais competitivo  declarou Elisabete Jacinto.

Caixa de Carga do MAN TGS

Descrição da actual caixa de carga do TGS

Com o objectivo de tornar o MAN TGS de competição da equipa mais leve, facilitando assim a progressão na areia e permitindo uma maior competitividade à equipa, foi construída uma nova caixa de carga, a DeltaX2. Esta foi concebida pelo engenheiro João Sabino e construída pelas Carroçarias Sabino.

Mantendo um design inovador, foi desenhada tendo em vista os seguintes vetores de melhoria:

– Redução de peso;

– Aumento da rigidez do chassis;

– Operacionalidade;

– Desempenho aerodinâmico.

Para a redução do peso, foram seleccionados materiais compatíveis com o tipo de missão a que o nosso veículo se destina, colocando nas zonas de maior esforço estrutural e fadiga, aço de alto limite elástico. Para a definição da forma exterior, optou-se por materiais leves baseados em alumínio estrutural e painéis em materiais compósitos.

Na parte estruturante da caixa de carga é onde se verifica uma das principais diferenças em relação ao conceito anterior.

Um camião convencional está projetado com o objetivo de maximizar a sua capacidade de carga, contudo o TGS tem vindo a ser transformado através da nossa equipa de desenvolvimento a convertê-lo num veículo de competição todo-o-terreno.

Em detrimento de uma superestrutura convencional com o tradicional sobre-chassis de configuração em “Escada” composto por longarinas longitudinais e travessas e arcos estruturantes, desenhou-se uma estrutura treliçada tubular. Este novo conceito permite abdicar por completo da estrutura tradicional, aumentando sobejamente a rigidez torsional do veículo. Trazendo um exemplo mais generalista, a razão entre esta grandeza num veículo familiar e um veículo de competição é até 25 vezes superior.

Em geral, todos os materiais apresentam uma determinada capacidade elástica, a qual nos metais ferrosos acaba por ser largamente explorada, motivo pelo qual são considerados excelentes aquando do fabrico de molas. Basicamente, o aumentando da rigidez do chassis, traduzir-se-á numa redução dos movimentos livres do mesmo, delineando assim o limite de funcionamento do conjunto de suspensões composto por molas e amortecedores.

No que concerne à operacionalidade, a nova caixa foi dotada com uma generosa porta de cada lado. Todo o equipamento no interior de que necessitamos foi posicionado por forma a estar acessível ao nível do solo e, ao mesmo tempo, baixar o centro de gravidade do conjunto, bem como incidir maior concentração de peso dos componentes transportados à traseira.

À traseira foram construídos berços para fixação dos pneus suplentes de forma a facilitar a sua rápida remoção. O posicionamento dos pneus, por sua vez, deu origem à forma da porta traseira. Contudo, este facto veio delimitar a redução de altura da traseira conseguida em relação à anterior caixa de carga.

Acreditando nos níveis de fiabilidade que conseguimos obter no nosso MAN, fruto do excelente trabalho de manutenção preditiva e preventiva que tem vindo a ser realizado, foi reduzida a quantidade de peças suplentes transportadas no seu interior, diminuindo também, desta forma, o peso do camião.

Continuam, contudo, a ser transportadas no seu interior algumas peças, ferramentas, pneus suplentes e as sempre necessárias pás, placas de desatascar e os macacos hidráulicos e pneumáticos.

Ao nível aerodinâmico, pretendeu-se reduzir a resistência parasita e induzida na interligação da cabine com a caixa de carga e também na mudança de geometria abrupta, fator esse que é associado ao aparecimento de vórtices (turbilhões de ar) indesejados. Tal como referido anteriormente, foi igualmente objetivo baixar a altura traseira, permitindo que todo o conjunto se torne mais fusiforme. Contudo, restrições funcionais limitaram a sua redução a apenas 150mm em relação à anterior, ficando agora com menos 350mm em relação à altura frontal. Dado aos bons resultados obtidos na forma anterior, potenciou-se a formação de uma depressão na zona posterior, reduzindo assim a esteira provocada pela deslocação de ar. Embora do ponto de vista técnico possa parecer algo muito elaborado, simplificando a linguagem corresponde a dizer que menor energia é transmitido ao ar, menor o combustível gasto ou, por outra forma, maior capacidade de progressão do camião em pista, que é o que realmente se pretende num camião de competição!

MAN TGS

16jx4363CAMIÃO DE COMPETIÇÃO: MAN TGS 18.480 4×4

Trata-se de um veículo originalmente concebido para transporte de mercadorias com capacidade até 18 toneladas de peso bruto, particularmente vocacionado para situações de todo-o-terreno tais como trabalho em pedreiras, construção civil e logística militar.

Foi adaptado à competição pelo preparador Maurer e apresentado como protótipo pela MAN no Dakar de 2007.

De tracção permanente às quatro rodas é dotado de um motor com seis cilindros em linha de 12 419 cm3. A sua potência ronda os 830 cv. A sua injecção é electrónica do tipo Common-rail. Refrigerado por água, possui um radiador de ar de tamanho significativo de forma a proporcionar um bom arrefecimento do ar da admissão. A sua caixa de velocidades é da marca ZF com oito comutações e oito meias comutações, sendo a troca de H por patilha. Com uma autonomia variável em função do tipo de piso está limitado pela existência de dois reservatórios de gasóleo com capacidade para 420 litros cada um.

Está equipado com pneus Michelin  14.00 R20 G ZXL (PR22)sendo a pressão dos mesmos controlada por um sistema de enchimento automático comandado a partir do interior da cabine.

Pronto a correr, o peso deste camião ronda os nove mil e oitocentos quilos, sendo que cerca de 56% do mesmo está concentrado na sua parte da frente. Este diferencial de peso é compensado por um bom sistema de suspensão constituído por molas parabólicas com três folhas à frente e duas folhas atrás da marca ELO e por um conjunto de dois amortecedores por roda da marca Reiger.

img_3767O seu formato mais desportivo é lhe dado pela construção de uma caixa de carga, Delta X2, produzida em Portugal, pela Fábrica de Carroçarias Sabino. No seu interior guarda pneus suplentes, ferramentas e algumas peças suplentes fundamentais para resolver os mais prováveis problemas mecânicos que possam eventualmente surgir numa etapa.

A sua distribuição de peso e o seu elevado centro de gravidade são uma contrariedade na transposição de dunas, facto que será minorado pela boa capacidade do motor.

Elisabete Jacinto promove co-drive em Coruche

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Team Bio-Ritmo / MAN

Elisabete Jacinto reuniu na herdade Monte das Gamas em Coruche, nos dias 3, 4 e 5 de Novembro vários convidados (imprensa, patrocinadores e amigos) a fim de lhes proporcionar um contacto próximo com a última evolução do MAN TGS de competição. Esta iniciativa teve por objectivo dar a conhecer as mais recentes alterações técnicas do camião de competição assim como a nova imagem da equipa.
O MAN TGS foi recentemente equipado com um motor de 830 CV, um novo set de amortecedores de suspensão e um duplo amortecedor de direção. A piloto acredita poder vencer assim mais facilmente as dificuldades nas transposição das difíceis zonas de areia na Mauritânia e impor um ritmo de condução mais elevado. “Se tudo correr bem será um bocadinho mais fácil a luta por uma boa classificação nas provas” declara a piloto.
Para além disso, a equipa apresenta um nova imagem tendo a marca Bio-Ritmo® como principal patrocinador. O vermelho é agora a sua cor dominante. O Bio-Ritmo® é um suplemento alimentar produzido pelo laboratório português MEDINFAR que tem por objectivo contribuir para a melhoria da condição física e psíquica de todos aqueles que têm uma vida muito ativa. Ajuda a melhorar o bem estar, dá energia diminuindo o cansaço e ajuda a manter-se ativo.
equipa_bio_ritmo_co-drive02Os convidados deste Co-Drive puderam assim viver a experiência de efetuar um pequeno percurso ao lado da piloto ficando a conhecer um pouco o ambiente vivido por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho durante os ralis. “ ” comentou a piloto Portuguesa.

O Africa Eco Race 2017, que se inicia em Dezembro no Mónaco e termina em Janeiro em Dakar, no Senegal, será a primeira prova do calendário desportivo dos portugueses que também vão participar em 2017 no Marocco Desert Challenge e no Rali Oilibya du Maroc.

Elisabete Jacinto representa nova marca

equipa_bio_ritmo_apre_02Elisabete Jacinto, a conhecida piloto de todo-o-terreno, vai associar-se à marca RIO-RITMO®, um produto do Laboratório MEDINFAR, existente no mercado desde 2007.
Esta piloto continua a ser a única mulher a nível mundial a participar nas grandes maratonas africanas em camião e a destacar-se pelos seus excelentes resultados desportivos. Ambiciosa e lutadora, Elisabete Jacinto tem como principal objectivo vencer as provas em que participa ao volante do seu MAN TGS: “Sei que o meu sonho não é fácil de realizar mas também sei que não há sonhos impossíveis. Esta é a minha meta e é para ela que trabalho!” afirma.
equipa_bio_ritmo_apre_01Independentemente das dificuldades, Elisabete Jacinto parece não conhecer barreiras e continua a surpreender pela sua capacidade de superação e de ultrapassar situações difíceis. No entanto, a piloto é apenas um exemplo entre tantas pessoas que no seu dia-a-dia, com trabalhos física e mentalmente exigentes, buscam a superação com vista a obter sucesso.
Esta foi a razão pela qual o Laboratório MEDINFAR® decidiu lançar o desafio à piloto no sentido de esta se associar à marca BIO-RITMO®, suplemento indicado para melhorar o bem-estar, dar energia, diminuir o cansaço e o stress do dia-a-dia. Elisabete Jacinto aceitou o repto e torna-se assim embaixadora da marca pois ela própria reproduz os princípios do produto: energia, vigor e vitalidade.

Helder Anjos – Apresentação

Mecânico de Assistência

Desde 2001 que dedica a sua vida à mecânica de camiões, facto que o realiza profissionalmente.

Jogou futebol no Clube de Futebol do Carregado mas é ao seu cão “Pit” que dedica o seu tempo livre, treinando-o.

Participa pela primeira vez numa prova de competição como mecânico de assistência no rali Guy Hoquet em Marrocosem 2007, integrado na equipa de Oleoban/MAN Portugal e repete a experiência no rali AMV Shamrock em Marrocos em 2008.

O seu conhecimento de mecânica e o seu gosto pela competição ligam-no definitivamente á equipa sendo actualmente o responsável pela manutenção do camião de corrida durante as provas.

Sérgio Cardoso – Apresentação

Condutor do Camião de assistência

Sérgio Cardoso, amante de motas desde tenra idade, tem dedicado a sua actividade profissional aos transportes rodoviários de mercadorias, nas suas mais variadas facetas.
É detentor do Certificado de Capacidade Profissional – Gestor de Transportes de Mercadorias e conduz vários tipos de veículos.
Desde 2016 dedica-se também à condução de camiões de assistência em Bajas e nos mais variados rallies e raids.
Integrou a equipa Bio-Ritmo em 2018 conduzindo o camião de assistência.
Nos tempos livres gosta de viajar, pescar, visitar parques temáticos e praticar snowboard.

Jorge Gil – Apresentação

Director de Equipa

Frequentou o curso de economia, licenciou-se em Geografia e trabalhou como director comercial.
O todo-o-terreno de moto começou por ser um hobby que iniciou em 1987.

Participou em provas de competição para além de inúmeros passeios mas a sua ligação afectiva á piloto Elisabete Jacinto cedo o levou a substituir a competição pela gestão da equipa desta piloto, cargo que mantém desde 1992.

Para além da gestão da equipa e de toda a sua logística, aprendeu também os segredos da mecânica de assistência e foi o responsável pela assistência da moto de Elisabete Jacinto nas provas da Taça do Mundo entre 1998 e 2001 assim como do piloto Mário Brás no rali Dakar do ano 2000 e do piloto Pedro Machado no ano de 2001.

Para além da fotografia, hobby que mantém desde 1976, é também um apaixonado pelo mergulho recreativo.